quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Curiosidades Curiosissimas 018 - Os Simpsons homenageiam os quadrinhos


E aí, meus caros, vocês já ouviram falar da editora americana de quadrinhos chamada Bongo Comics? Fundada em 1993 por Matt Groening e um grupo de sócios, a especialidade dessa simpática empresa é publicar gibis estrelados pelas principais criações televisivas de Groening, no caso os Simpsons (a família americana mais famosa do mundo!) e Futurama. Pois é, essas duas séries de tempos em tempos prestam homenagens aos quadrinhos americanos, só que obviamente o meio televisivo limita a quantidade dessas homenagens, porém nos gibis da Bongo elas proliferam em quantidades absurdas e industriais, tanto que infelizmente não temos espaço aqui para citar todas. Porém, uma ou outra podemos mostrar para a nossa seleta audiência, e mostraremos aqui as capas dos gibis da Bongo que homenageam gibi clássicos. É só olhar para baixo e vê-las!

Uma Família Fantástica
A primeira edição do gibi Simpsons Comics foi lançada em, e logo de cara a família mais famosa da televisão prestou homenagem a família mais famosa dos quadrinhos de super-heróis, através de uma capa que emulava o primeiro gibi do Quarteto Fantástico.


Rejeição
De vez em quando o fantasma da rejeição assombra Homer Simpson, e isso ocorreu na capa da revista Simpsons Comics #68, que faz referência a capa de Adventure Comics #247, revista que trouxe a primeira aparição da Legião dos Super-Heróis, super-equipe futurista da DC Comics.


Abandonando a vida de herói
Em Amazing Spider-Man #50 Peter Parker decidiu abandonar a inglória carreira de super-herói, e pelo visto o seu colega Bartman decidiu imitá-lo no gibi Bartman #04.


Homem Radioativo, Agente Secreto
O Homem Radioativo é o herói favorito da garotada de Springfield, e na edição especial Radioactive Man ele faz as vezes de espião, tal qual Nick Fury na capa de Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D. #01


Mutantes Futuristas
No ano de 1975 uma nova equipe de X-Men tomou de assalto o mercado americano de quadrinhos através do gibi Giant-Size X-Men #01. E pelo visto esse fato ocorreu novamente no século XXX, como podemos constatar na capa de Futurama Comics #08.


Crise? Que Crise?
De vez em quando algum tipo de Crise atinge o Mundo Encantado dos Quadrinhos, conforme pode ser constatado na capa da décima-segunda edição da fabulosa minisserie Crisis on Infinite Earths. Ora, o que acontece quando os Simpsons encontram a rapaziada do Futurama? Ora, acontece uma outra Crise, conforme pode ver visto na capa da segunda edição da minisserie The Simpsons / Futurama - Crossover Crisis II.

Infelizmente quase todo o material que citamos aqui é inédito no Brasil, mas isso não nos impede de apreciar essas homenagens. É só acessar os links abaixo no item Fontes... E tenho dito!

Fontes:
Bongo Comics - Wikipedia
Planet Bongo - fansite

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Retrospectiva 005 - Twomorrows, a melhor editoras americana quando o assunto é livros e revistas sobre quadrinhos!

Essa semana fiz uma compra sensacional no Mercado Livre: adquiri sete edições da sensacional revista especializada em quadrinhos Back Issue, publicada pela editora americana Twomorrows. Já ouviram falar da Twomorrows? Não? Pois é, na minha nada modesta opinião Twomorrows é a melhor editora americana especializada na publicação de revistas e livros sobre quadrinhos! Para quem não a conhece, vamos fazer aqui um breve retrospecto da história da editora e de algumas de suas publicações.


O Nascimento
Tudo começou em meados dos anos noventa, logo após o falecimento de Jack Kirby (clique aqui para ler um pequeno artigo meu sobre o Rei dos Quadrinhos). Sensibilizados pelo passamento do Rei o casal John e Pam Morrow decidiu lançar uma revista dedicada única e exclusivamente a obra de Kirby. Após obterem a autorização da familia de Kirby eles deram início a empreitada, batizando a revista com o nome de Jack Kirby Collector, que a princípio lançanda com baixas tiragens, formato reduzido e totalmente em preto-e-branco. A medida que mais e mais artistas, fãs e contemporâneos do Rei foram dando a sua contribuição e o boca-a-boca começou a trabalhar a revista foi adquirindo mais fama, até que que ela passou a ser publicada com mais páginas e em um formato maior. Paralelamente a isso o colaborador da Kirby Collector Jon B. Cooke sugeriu o lançamento de uma revista dedicada aos quadrinhos dos anos sessenta e setenta, o que levou ao lançamento em 1998 da Comic Book Artist. A qualidade tanto da Kirby Collector quanto da Comic Book Artist fizeram com que a Twomorrows fosse indicada (e ganhasse) para diversos prêmios nos EUA. Com o prestígio em alta o casal Morrow adquiriu motivação para lançar novas revistas e livros dedicados a Nona Arte, sendo que a maioria dessas publicações são no minimo brilhantes. Conheçam algumas delas abaixo:



Comic Book Artist


Comic Book Artist #01

Como já foi dito acima, após o lançamento da Jack Kirby Collector Jon B. Cooke sugeriu ao casal Morrow o lançamento de uma revista dedicada a outros artistas que contribuíram para o engrandecimento dos quadrinhos americanos, em especial nos anos sessenta e setenta. Aí surgiu a Comic Book Artist, que além de focar/homenagear grandes artistas dos anos sessenta e setenta trazia sempre artigos com diversas curiosidades sobre esse período. A exelência da revista era tanta que ela ganhou nada mais nada menos que quatro Eisner Awards (maior prêmio dos quadrinhos americanos) nos anos de 2000, 2002, 2004 e 2005 na categoria de melhor publicação periódica dedicada aos Quadrinhos, além de um Harvey Awards em 2005 na mesma categoria. Em 2002 Jon B. Cooke abandonou a Twomorrows e levou a Comic Book Artist para a Top Shelf Productions, editora que hoje publica a revista.



Alter Ego


Alter Ego #01

Originalmente Alter Ego era um fanzine publicado nos EUA durante os anos sessenta e capitaneado por Jerry Bails, um dos primeiros estadunidenses a estudar de forma histórica os quadrinhos. O tempo passou, o fanzine deixou de circular, porém no final dos anos noventa decidiu-se que a Alter Ego deveria voltar, dessa vez como uma seção da então recém-lançada Comic Book Artist. Não demorou muito para essa seção tornar-se um sucesso, e também não demorou para a Alter Ego virar uma revista própria, colocando o seu foco principalmente em HQ's e criadores das Eras de Ouro e Prata. Editada desde o início pelo genial Roy Thomas (que foi colaborador da Alter Ego nos anos sessenta), essa revista é referência obrigatória para os fãs apaixonados por quadrinhos antigos, e além disso em 2007 Alter Ego conquistou o Eisner Awards como melhor publicação especializada em gibis. Um dos destaques da revista é a seção F.C.A - Fawcett Collectors of America, dedicada aos fãs da extinta editora Fawcett, em especial àqueles que adoram o Capitão Marvel (Shazam) e outros personagens relacionados.



Jack Kirby Collector


Jack Kirby Collector #09

Totalmente dedicada aJack Kirby, essa revista traz artes raras dos Rei, entrevistas com colaboradores e colegas do artista e diversos artigos focando os trabalhos do maior desenhista de super-heróis de todos os tempos. O destaque da revista fica para a Jack Kirby F.A.Q., onde o escritor e pesquisador Mark Evanier (autor de uma extensa biografia de Kirby) responde as mais diversas perguntas sobre o Rei.



Back Issue


Back Issue #04

Totalmente dedicada a material lançado nos anos setenta e oitenta (a chamada Era de Bronze dos comics americanos) e lançada em 2003, Back Issue logo se tornou uma das principais vendagens da Twomorrows. Os principal destaque da revista é a Pro 2 Pro, uma longa entrevista onde dois artistas que foram contemporâneos ou então que trabalharam juntos relembram fatos e curiosidades da Era de Bronze.



Rough Stuff


Rough Stuff #01

Especializada em artes raras e não-publicadas, sketchs e desenhos não-finalizados, Rough Stuff é uma revista para os fãs aficionados por desenhos, e o editor dela é o famoso (pelo menos para quem lia gibi nos anos oitenta!) arte-finalista Bob McLeod.



Editada pela "fera" Mike Manley (leia aqui uma ótima entrevista com ele), Draw! é dedicada àqueles que querem dicas e informações sobre como desenhar HQ's, desenhos animados e charges.



Write Now!


Write Now! #06

Dicas para quem quer escrever roteiros para cinema, televisão e especialmente quadrinhos é a especialidade da Write Now!, revista que era editada pelo escritor e editor Danny Fingeroth, um profissional com longa passagem pela Marvel nos anos oitenta. Infelizmente a Twomorrows decidiu cancelá-la recentemente.



Modern Masters é uma série de livros dedicada a desenhistas que trabalharam e obtiveram sucesso no mercado americano de quadrinhos a partir dos anos setenta. Cada livro traz uma longa e detalhada entrevista com o artista acompanhada por artes raras do mesmo. Entre os artistas que tiveram suas carreiras passadas a limpo na Modern Masters podemos citar John Byrne, Walt Simonson, Frank Cho, Jose Luiz Garcia Lopez, George Perez, Mike Ploog, Michael Golden e muitos outros.



Esse é provavelmente um dos materiais mais deliciosos e interessantes da Twomorrows. A linha Companion é composta por livros que focam um período histórico de determinado herói ou super-grupo, sendo que tais livros são recheados de entrevistas com artistas que trabalharam com esses personagens, além de trazer artigos e artes raras. Entre os livros publicados nessa linha estão Krypton Companion (dedicado ao Superman dos anos cinquenta), Batcave Companion (focando o Batman dos anos sessenta), Titans Companion (trazendo toda a história dos Titãs), All-Star Companion (um retrospecto dos heróis dos anos quarenta), Blue Beetle Companion (que passa a limpo a carreira editorial do Besouro Azul) e muitos outros cujo nome e lembrança me fogem agora.



Além das revistas e livros que citamos acima a Twomorrows costuma lançar livros que resgatam para os dias de hoje a carreira de importantes artistas. Já receberam biografias da editora Sal Buscema, George Tuska, John Romita Sr., Gene Colan, Joe Sinnot e muitos outros, que tiveram a oportunidade de verem suas carreiras serem passadas a limpo. Outra importante vertente do trabalho editorial da Twomorrows são os livros que focam a cultura pop, especialmente aquela vinculada aos quadrinhos, e nesse sentido a editora lançou livros sobre os filmes de terror dos anos cinquenta, sobre seriados de super-heróis dos anos setenta, sobre a fundação da Image Comics e sobre os mais diversos temas.

Pois é, meus queridos... Todo o material que acabei de citar é ou não é simplesmente s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l ! Eu, pelo menos, acho... E também acho que é uma tristeza constatar que dificilmente algum dia ele será publicado aqui no Brasil. Um dia (quem sabe um dia) teremos em mãos a versão nacional desse material fantástico. Enquanto esse dia não chega, caso vocês tenham interesse em adquirir esse material saibam que algumas das coisas publicadas pela Twomorrows estão disponíveis nos sitios eletrônicos das melhores livrarias brasileiras ou então nos mais respeitados sitios de e-commerce brasileiro, como o Submarino. E, se vocês gostam de artigos bem escritos e com profundidade, fartamente ilustrados e com ótimas análises históricas e iconográficas é obrigatório ter qualquer coisa da Twomorrows na coleção.


Fontes:
Twomorrows - Site Oficial
Twomorrows Publishing - verbete na Wikipedia

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Curiosidades Curiosissimas 017 - Mickey Mouse, o Suicida!


Pois é... O simpático ratinho Mickey Mouse é o grande símbolo corporativo da Disney, um conglomerado de mídia que agrega uma rede de televisão, estudios cinematográficos, parques de diversões e um montão de outras coisas que agora eu não me lembro. A escolha do Mickey como simbolo desse império midiático é mais do que justificada, já que tal corporação praticamente começou com o ratinho. Todavia a condição de simbolo corporativo obriga o camundongo a ser retratado quase sempre de forma o mais politicamente correta possível, e nos últimos setenta anos invariavelmente foi isso que aconteceu com ele... Mas no comecinho dos anos trinta as coisas eram um pouquinho diferente...

Mickey estreou no final de 1928 no desenho animado Steamboat Willie, e o sucesso obtido pelo ratinho foi tão grande que logou ele "migrou" para as tiras de jornais. O responsável pelas tiras do camundongo era o hoje lendário artista Floyd Gottfredson, e em meados de 1930 ele elaborou uma série de tiras onde, após sofrer um forte desgosto por causa da Minnie (a sua eterna namorada) o rato de calças curtas pura e simplesmente decide ... se matar! Vejam abaixo amostras dessas tiras concebidas por Gottfredson e clique nelas para ampliá-las:








Agora perguntem para mim: algum dia a Disney ira republicar oficialmente essas tiras? Eu acho que não...

Fontes:
Comic Book Resources - Comic Book Urban Legends Revealed
Barnacle Press

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Review 004 - O primeiro mega-crossover que eu li na minha vida!


Ah, o que é essa tal de nostalgia, sentimento que eventualmente arrebata o nosso pobre coração? Acabei de falar essa frase cretina porque de tempos em tempos eu me relembro de HQ's que li a vinte ou trinta anos atrás, quando eu era apenas uma criança pequena morando lá em Santos (cidade do litoral paulista). Bem, um dia desse adentrei os subterrâneos das minhas memórias nérdicas e eis que me lembrei do gibi Edição Extra de Invictus, publicado em 1979 pela saudosa editora Ebal. Esse gibizinho das antigas será o alvo de mais um sensacional review desse blog, e razão que me motivou a falar dele é simples: essa revista trouxe o primeiro mega-crossover que eu li na minha vida! Só que, antes de falar do gibi em si e da aventura trazida dentro dele vamos tentar discutir o que é um "crossover" e relatar como essa revista veio parar nas minhas mãos...


Vamos lá... O que é um crossover? Conceitualmente falando é a união de dois ou mais personagens de quadrinhos da mesma editora ou de editoras diferentes que repentinamente compartilham uma aventura. Resumindo: uma história onde dois super-heróis que usualmente não se encontram e que repentinamente aparecem em um bar tomando uma caninha pode ser definido como um crossover. Dito isso, é mais do que óbvio afirmar que crossover nos quadrinhos é uma coisa mais velha que andar para frente, só que sabemos muito bem que por mais divertido que seja dois mascarados bebendo juntos uma pinga ou trocando catiripapos o tipo de crossover que realmente atiça os fãs é aquele que reúne a maior quantidade possível de heróis... O que realmente dá tesão para os gibizeiros são os mega-crossovers!


Pois é... a primeira vez que eu me deparei com esse tipo de aventura foi em meados de 1983, ano em que eu dava início a minha "carreira nérdica", colecionando gibis da Marvel lançados pela Editora Abril. Nessa época eu d-e-t-e-s-t-a-v-a qualquer coisa da DC Comics (eu a achava absurdamente infantilóide em comparação com a Marvel), porém não me fazia de rogado quando algum gibi dessa simpática editora parava na minha mão, e o lia com um certo prazer envergonhado. E foi o que aconteceu quando um colega de escola me emprestou Edição Extra de Invictus, lançada pela Ebal em setembro de 1979 e que trazia a aventura A Terra na Rota Fatal, publicada originalmente em 1978 na revista comemorativa Showcase #100 com o título There Shall Come a Gathering (Uma Reunião ocorrerá !?). E já que falamos a pouco em "prazer envergonhado", antes de descrever A Terra na Rota Fatal podemos falar o seguinte dessa aventura: ela é completamente sem-pé-nem-cabeça e absolutamente divertidissima!


Tudo começou quando misteriosamente o planeta Terra começou a ser deslocado de sua órbita... As consequencias desse estranho fenômeno não tardaram a surgir: o tecido do Tempo e Espaço esgarçou-se, e repentinamente surgiram no século XX animais pré-históricos e pessoas das mais diversas épocas. Diante dessa crise, a maioria dos super-heróis rumou para o satélite da Liga da Justiça, com o propósito de traçar um plano para deter a catástrofe que ocorria.


Após essa reunião a história se divide em quatro linhas narrativas: na primeira uma equipe composta pelo Lanterna Verde, Flash, Elektron e Adam Strange vai para o espaço, com o propósito de deter o deslocamento orbital da Terra; enquanto isso em "terra firme" os Desafiadores do Desconhecido aliados ao Rastejante e a enxerida jornalista Lois Lane decidem investigar uma misteriosa estrutura alienigena que do nada apareceu. Coincidentemente o cauboi Bat Lash, a investigadora particular Angel O'Day (parceira do simiesco Sam Simeon) e o herói futurista Léo Futuro (Tommy Tomorrow) também se deparam com essa estranha estrutura e resolvem confirmar as suas origens. Quanto aos demais heróis, eles se espalharam pelo globo terrestre, lidando com todo tipo de problema temporal que aparecesse na frente deles.


No espaço o grupo liderado pelo Lanterna Verde se depara com uma nave espacial, e no confronto que se seguiu os heróis contaram com a providencial ajuda do herói espacial do século XXII conhecido como Space Ranger (me esqueci o nome nacional dele, se alguém souber me avise!) e do seu parceiro Cryl. Derrotar a nave não foi suficiente para restabelecer a órbita natural da Terra, e para dar uma "mãozinha" aos heróis dá as caras o Vingador Fantasma, que valendo-se dos seus dons místicos invoca a mais poderosa de todas as criaturas sobrenaturais... O Espectro! E aí, não demorou muito para a Manifestação da Ira Divina usar seus vastos poderes para literalmente "empurrar" nosso planeta de volta para a sua posição real. Só que nem mesmo o Espectro estava conseguindo realizar tal feito.


Enquanto isso, a misteriosa estrutura alienígena na Terra foi invadida por Lois Lane e Angel O'Day. Não demorou muito para os sistemas de defesa da estrutura partirem com tudo para cima das heroínas, só que destemidamente as duas conseguem chegar ao centro da estrutura, e após destruir os controles localizados por lá as entidades extraterrestres que habitavam a estrutura são expulsas da Terra. No espaço, todos os heróis presentes unem suas forças de vontade ao poder do Espectro, e finalmente a mais poderosa entidade sobrenatural da DC consegue botar nosso planetinha em sua órbita correta. Assim que eles conseguem realizar esse feito todos os heróis deslocados no tempo como Bat Lash, Space Ranger e Léo Futuro voltam para as suas respectivas eras, a paz se reestabelece na Terra e tudo termina bem, como quase sempre acontece no Mundo Encantado dos Quadrinhos.


Como falamos lá em cima essa aventura que reuniu boa parte do panteão heroístico da DC Comics é divertidissima, apesar de alguns absurdos, como por exemplo não ficar claro quem é o vilão (ou vilões) e quais são as motivações por trás dos atos deles. Mas tudo bem, vamos deixar isso de lado e botar o foco em algumas curiosidades por trás dessa história. Vocês perceberam que em nenhum momento citamos o Superman, o Batman e a Mulher-Maravilha? Pois é, deliberadamente os escritores Paul Kupperberg e Paul Levitz (os responsáveis pela concepção dessa aventura) deixaram a "Santissima Trindade" da DC Comics de fora desse mega-crossover porque intenção deles ao bolar esse crossover era reunir apenas personagens que passaram pela revista Showcase. Ora, para quem não sabe durante toda a sua carreira editorial a Showcase adquiriu uma enorme importância histórica nos EUA, já que diversos personagens fundamentais da DC Comics estrearam em suas páginas nos anos cinquenta e sessenta, fazendo com que ela se transformasse no berço da Era de Prata dos quadrinhos americanos.

Além disso, prestem atenção em algumas coisas que descrevemos por aqui: a Terra diante de uma catástrofe nunca antes vista... Heróis e ameaças de diferentes épocas repentinamente surgindo e participando da ação... A participação decisiva do Espectro... Pô, isso não está parecendo Crise nas Infinitas Terras? Pois é, essa simpáticissima aventura trouxe com sete anos de antecedência uma série de elementos que posteriormente fizeram parte da maior saga da história da DC Comics! E sabem o que é mais interessante em tudo isso? Toda a ação dessa aventura transcorre em apenas trinta e quatro páginas, razoavelmente bem desenhadas por Joe Staton! E pensar que nos dias de hojes roteiristas carecas e consagrados não conseguem desenvolver uma história decente em sete edições...

Bem... Em 1983 eu li essa aventura, e como já disse eu senti um certo "prazer envergonhado" ao lê-la... Infelizmente fui obrigado a devolver o gibi para o meu colega de escola. Para finalizar de vez esse review, eu peço para minha audiência: se alguém tiver a Edição Extra de Invictus perdida em algum lugar da coleção de gibis ou então encontrá-la em algum sebo... Por favor, esse blog aceita doações!



Fontes:
Gibihouse - A Memória Virtual dos Quadrinhos
Guia dos Quadrinhos
Grand Comic Book Database