domingo, 31 de agosto de 2008

Review 001

Batman ilustrado por Neal Adams vol. 1



Editora: Panini
Autor: Vários
Quantidade de páginas: 244 páginas
Do que se trata?: Coletânea reunindo em ordem cronológica histórias do Batman desenhadas por Neal Adams.
Quais são as histórias? Lá vai a lista com todas as histórias, e as capas originais!

As Brigadas da Vingança (The Superman-Batman Revenge Squads)
Um bando de criminosos alienígenas que odeia o Super-Homem. Uma gangue de punguistas que detesta o Homem-Morcego. O que acontece quando esses dois grupos criminosos se aliam para enfrentar os dois maiores heróis do mundo?
Publicado originalmente em World's Finest Comics #175 em abril/1968.


O racha Superman/Batman! (The Superman-Batman Split!)
A captura de um vilão alienígena coloca em rota de colisão Super-Homem e o Batman, e a situação fica ainda mais complicada quando Supergirl e Batgirl decidem intervir.
Publicado originalmente em World's Finest Comics #176 em junho/1968.


Na pista do Gancho (The Track Of The Hook)
Desafiador (o fantasminha camarada do Universo DC) e o Homem-Morcego juntam forças na busca por um assassino.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #79, em agosto-setembro/1968.


E Hellgramite é o seu nome! (And Hellgrammite Is His Name!)
Batman e o e o sempre amalucado Rastejante enfrentam juntos o criminoso insetóide Hellgramite.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #80, em outubro/novembro de 1968.


Mas Bork pode machucar você! (But Bork Can Hurt You!)
Flash e Homem-Morcego encaram um brutamontes super-forte chamado Bork.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #81, em dezembro/janeiro de 1969/1969.


O Sonâmbulo do Mar (The Sleepwalker from the Sea!)
Como sempre Aquaman enfrenta seu meio-irmão - o maligno Mestre dos Oceanos - , só que dessa vez ele conta com a providencial ajuda de Batman.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #82, em fevereiro/março de 1969.


Perdoai meu filho mau (Punish Not My Evil Son)
Um adolescente com pendores criminosos dá trabalho para a Turma Titã (grupo de heróis adolescentes da DC) e para o defensor de Gotham City.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #83, em abril/maio de 1969 - capa de Irv Norvick.


O Anjo, a Rocha e o Capuz (The Angel, the Rock and the Cowl)
No final da Segunda Guerra Mundial o Sargento Rock e sua Companhia Moleza são secretamente ajudados pelo Homem-Morcego.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #84, em junho/julho de 1969.


Atiraram no Senador! (The Senator's Been Shot!)
Um senador é alvo de uma tentativa de assassinato, e o Arqueiro Verde e o Batman não pretendem deixar o criminoso escapar.
Publicado originalmente em The Brave and the Bold #85, em agosto/setembro de 1969.


A Minha Nada Humilde Opinião: Precisamos falar alguma coisa sobre Neal Adams? Bem, vamos tentar... No início dos anos sessenta Adams dividia-se entre o mercado publicitário e as tiras de jornais, até que em meados dessa mesma década ele finalmente conseguir realizar um velho sonho, que era trabalhar na DC Comics. Inicialmente Adams ficou encarregado de desenhar histórias de personagens menores como o Desafiador e o Espectro e uma capa aqui e outra lá para outros títulos da DC, porém com "jeitinho" ele se ofereceu para desenhar o Homem-Morcego, o que o levou aos gibis World's Finest(que trazia aventuras do Super-Homem e do Batman em parceria) e The Brave and the Bold (onde o Homem-Morcego dividia histórias com outros heróis da DC). Isso foi o começo de uma revolução nos quadrinhos americanos: Adams impôs seu estilo realista e detalhista e seu storytelling repleto de ângulos inusitados as aventuras do Defensor de Gotham, e nas histórias republicadas nessa coletânea podemos perceber isso. Em As Brigadas da Vingança e O racha Superman/Batman! Adams ainda desenha um Homem-Morcego "troncudo" e sorridente, porém durante a leitura da coletânea percebemos que lentamente o herói vai ficando mais alto e soturno, até finalmente ganhar uma de suas melhores representações visuais de todos os tempos.

E quanto aos roteiros? Bem, as duas primeiras histórias da coletânea são escritas por Leo Dorfman, enquanto as demais foram concebidas por Bob Haney, e os scripts estão de acordo com a boa e velha ingenuidade dos anos sessenta, e algumas situações apresentadas talvez não sejam do agrado dos leitores dos dias de hoje. Ora, vejam só: em As Brigadas da Vingança o Super-Homem e o Batman disputam uma animada gincana(!??) para ver qual dos dois é mais sabido e em O Anjo, a Rocha e o Capuz o Homem-Morcego simplesmente aparece tanto na Segunda Guerra quanto nos anos sessenta sem que o tempo tenha passado para ele. Isso sem falar que o Defensor de Gotham está bem longe de ser o cara durão que conhecemos hoje, já que Perdoai meu filho mau é totalmente permeada por um sentimentalismo que talvez hoje muita gente considerasse piegas. Esses roteiros "ingênuos" são horríveis? Na minha opinião eles são até charmosos, mas é preciso ter em mente que estamos lendo histórias típicas dos anos sessenta, com todos os defeitos e qualidades que elas têm.

Além das histórias acima citadas a coletânea traz uma introdução escrita por Adams e capas e esboços feitos por ele na época. Resumindo tudo: quem não gosta de histórias ingênuas e bobinhas deve passar longe dessa coletânea; para quem gosta da História das História em Quadrinhos e deseja ver como o trabalho de um dos maiores desenhistas de todos os tempos evolui, essa edição é mais do que obrigatória.

P.S.: Uma pequena curiosidade: a aventura Atiraram no Senador! marca a primeira aparição do Arqueiro Verde trajado o seu uniforme definitivo e ostentando a seu clássico cavanhaque.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Curiosidades Curiosissimas 001

Mulher-Maravilha sadomasoquista!


A Mulher-Maravilha se diverte com suas colegas amazonas



Psicológo... Um dos inventores do polígrafo (o famoso detector de mentiras)... Ensaísta prolifico... Romancista histórico frustrado... Um sem-vergonha que conseguiu a proeza de estar casado com duas mulheres ao mesmo tempo (e debaixo do mesmo teto!)... Tremendo marqueteiro de si mesmo... Feminista convicto e juramentado... E detentor de crônicos problemas financeiros... Pois é, esse é o acadêmico Willian Moulton Marston, e quis o Destino (ou talvez a falta de grana) que no início dos anos quarenta ele descolasse um trabalhinho na National (antigo nome da DC Comics). E, como resultado desse trabalho Marston deu ao Mundo uma das mais famosas heroínas ficcionais de todos os tempos, a gloriosa Mulher-Maravilha! Todavia, quando concebeu a simpática amazona Marston fez muito mais do que apenas bolar uma super-heróina bonitinha, já que no início da sua carreira editorial as aventuras da Filha Favorita da Ilha Paraíso estavam repletas das "crenças pouco ortodoxas" de Marston.


A Princesa Amazona e sua amiga Etta Candy em uma posição um tanto quanto heterodoxa



Como falei acima, Marston era um feminista radical e através da Mulher-Maravilha ele pretendia provar a superioridade feminina diante da arrogância machista. Até aí tudo bem, um pouco (ou bastante) de feminismo não faz mal para ninguém, mas... Quem disse que a coisa parou por aí? Não contente com isso, praticamente desde a estréia da personagem em All Star Comics #08 Marston e o desenhista H. G. Peter rechearam as histórias da Amazona de cenas onde tanto ela quando as suas inimigas ou colegas invariavelmente apareciam amarradas, em situações de alto teor sadomasoquista! Vocês não acreditam? Dêem uma boa olhada nas imagens desenhadas por H. G. Peter que ilustram esse artigo...

Nada como um bom grilhão...



Como gostavam de amarrar a Mulher-Maravilha nos anos quarenta



O mais notável nisso tudo é que na época inacreditavelmente tais cenas não foram capturadas pelo radar dos moralistas de plantão. Talvez vocês acreditem que Marston não elaborou essa cena de maneira consciente, todavia quando o corpo editorial da DC Comics recomendou "mais cuidado" ao escritor, através de uma carta o psicólogo-escritor deu uma resposta cheia de marra para a situação:

"As mulheres são excitantes justamente por essa razão - esse é o segredo da sedução feminina - a mulher gosta de se submeter, de ser amarrada. Trago isso à tona nas seqüências da Ilha Paraíso, em que as garotas imploram por correntes e gostam de usá-las. (...) Ceder ao outro, ser controlado, submeter-se a uma outra pessoa não pode em hipótese nenhuma ser agradável sem que haja um forte elemento erótico."

Dessa vez a amazona esta acompanhada pelo seu amado Steve Trevor



A bandidagem gostava de tirar uma lasca da Mulher-Maravilha



Em 1948 Marston faleceu, e boa parte do apelo "erótico-sado-masô" mais descarado que havia nas histórias da Mulher-Maravilha foi junto com ele. Mas não pensem que ele desapareceu! Durante anos não faltaram capas e ceninhas onde a Princesa Amazona aparecia em situações de submissão, e quem quiser tirar a prova disso pode acessar esse link. Ou então pode comprar a terceira edição da Coleção DC 70 Anos, totalmente dedicada a maior heroína de todos os tempos e que traz um típico exemplar da produção Marston/Peter dos anos setenta, com direito - obviamente - a muita amarração!

Fontes:
Homens do Amanhã
Super Dickery

P.S.:Para finalizar, direto do início dos anos setenta capturamos uma imagem pra lá de "sensual" da Mulher-Maravilha, cortesia de Mike Sekowsky!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008



Pois é, meus queridos... Todos sabemos que no dia 16 de Janeiro de 2009 o público brasileiro será agraciado com o filme do Spirit - criação máxima do gênio quadrinístico Will Eisner -, filme esse que contará com a direção do sempre espertinho e sabido Frank Miller. Só uma coisa não sabemos: quando o Spirit voltará a ser publicado aqui no Brasil, porra? Ah, dúvida cruel...

Aqui em plagas brasileiras o estiloso detetive de Eisner chegou nos anos quarenta, muito provavelmente (não tenho certeza) através da revista O Gibi, publicada pelo "maravilhoso" e "sensacional" Doutor Roberto Marinho. O personagem teve boa repercussão por aqui, tanto que veteranos como Ziraldo e Maurício de Sousa sempre o citam como uma de suas lembranças mais queridas da infância. Depois disso nos anos setenta o personagem deu o ar da graça novamente em O Gibi e nos anos oitentas editoras como a L&PM e a NG esporadicamente lançaram alguns albúns com as clássicas aventuras detetivescas concebidas por Eisner. Durante um boom de quadrinhos adultos que aconteceu no ínicio dos anos noventa a Editora Abril se animou e acabou lançando uma série mensal dedicada ao Spirit, todavia alegria de fã sempre dura pouco, e essa série logo foi cancelada. A Devir e a Editora ACME estabeleceram uma parceira com o propósito de botarem mais uma vez no mercado uma série regular com o Spirit, mas... Só para variar essa iniciativa teve vida curta.

Como falamos acima o filme do Spirit está para ser lançado... Ora, não seria esse um momento mais do que adequado para lançar a obra completa de Will Eisner por aqui? Eu digo isso porque antes de falecer Eisner estabeleceu um acordo com a DC Comics com o propósito de relançar sua obra completa, é o resultado disso é a Will Eisner's The Spirit Archives, uma coleção de vinte e seis edições de capa-dura com alta qualidade de papel e impressão que republica em ordem cronológica T-O-D-A-S as aventuras do protetor de Central City. Sensacional, não acham? Seria legal ver esse material nas livrarias, não é mesmo? Eu acho, só que precisamos fazer algumas considerações...


Capa da Will Eisner's The Spirit Archives #01


Capa da Will Eisner's The Spirit Archives #26

A maioria absoluta dos fãs de quadrinhos no Brasil são nerds apaixonados ou por super-heróis ou por mangás. Esse fato leva qualquer editor a pensar centenas de vezes antes de lançar qualquer material mais adulto que necessariamente não envolva mulher pelada. E para complicar ainda mais as coisas segundo informações que eu andei "pescando" por aí os direitos de publicação do Spirit não são nem um pouco baratinhos, já que a editora interessada é obrigada a pagar uma grana tanto para a DC quanto para os herdeiros de Eisner... Material com poucos interessados e ainda por cima caro? Ah, difícil lançarem aqui, né?

No final das contas, resta a esperança... Pixel e Panini têm prioridade na compra de material da DC Comics, e dito isso não é de todo impossível que algum dia os fãs de Will Eisner sejam agraciados com a versão brasileira da Will Eisner's The Spirit Archives. Pelo menos é o que eu espero!

sábado, 23 de agosto de 2008

Vida Longa a Legião de Super-Herois - Parte 3



Fizemos aqui um retrospecto da vida pregressa da Legião de Super-Heróis (que foi publicado aqui e aqui), e para finalizar essa homenagem aos adolescentes do futuro esse simpático e adorável blogueiro irá relembrar o seu primeiro contato com os legionários.

Era o ano da graça de 1985 e repentinamente - não mais que repentinamente - a Ed. Abril passou a publicar as aventuras da Legião de Super-Heróis no gibi do Super-Homem. No começo achei que a Legião era absolutamente tosca, mas até aí tudo bem, já que nessa época eu achava que tudo que a DC Comics publicava era tosco! Adolescentes futuristas fanzocas do Superboy? Para esse ônibus que eu quero descer, pô! Mas aí eu fui lendo uma história da Legião aqui, outra ali, e subitamemte me vi envolvido pelos roteiros escritos por Paul Levitz e pela arte competente de Keith Giffen, e a publicação da Saga das Trevas Eternas (viram a capa da edição nacional no início desse post?) por fim me enlaçou de vez. Daí para frente tentei acompanhar sempre que possível a Legião, só que se a carreira editorial da Legião nos EUA foi marcada pelas constantes revisões aqui no Brasil essa super-equipe teve suas aventuras publicadas de forma incompleta e irregular pela Ed. Abril e até mesmo pela Panini. Esse ano o escritor Geoff Johns está comandando uma nova reformulação da equipe, e espero que essa reestruturação dos legionários faça com que os holofotes fiquem permanentemente dirigidos para os heróis "fanzocas do Superboy".

O meu retrospecto não é lá grande coisa, e caso você queira saber mais sobre a Legião dos Super-Heróis eu recomendo a leitura dos textos que se encontram nos links abaixo:

Tópico da Legião de Super-Heróis na Wikipedia

Fã-site muito bom da Legião

O que faz a Legião de Super-Heróis ser tão legal?

O que faz a Legião de Super-Heróis ser legal, segundo o escritor e editor Jim Shooter.

O que faz a Legião de Super-Heróis ser legal, segundo Paul Levitz, o Presidente da DC Comics.

As dez maiores histórias da Legião, segundo os criadores acima citados

Outra opção interessante para saber mais sobre a Legião de Super-Heróis são dois livros publicados nos States pela editora Twomorrows Publishing, que são simplesmente s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-i-s! Os tais livros são:

The Best of the Legion Outpost

Legion Outpost foi um fanzine publicado nos anos setenta que na época trazia todas as notícias e artigos possíveis e imagináveis sobre a Legião. Esse livro é uma coletânea dos melhores textos publicados na Legion Outpost.

Legion Companion

Lançado em 2003, Legion Companion é um apanhado de toda a história da Legião até aquele momento, e não faltam entrevistas com os criadores que se envolveram com os legionários e artigos absolutamente espetaculares.

E, como diria mais ou menos o titio Stan Lee: e tenho dito!

Vida Longa a Legião de Super-Herois - Parte 2

E continuamos com o nosso retrospecto ilustrado da história da Legião de Super-heróis, que por um acaso se iniciou aqui

08) A Saga das Trevas Eternas

Muito provalmente a mais famosa e querida saga envolvendo os heróis do século XXX. Nessa aventura publicada originalmente em 1982 os legionários tiveram que encarar nada mais nada menos que Darkseid, o maior vilão do Universo DC. Justamente nesse periodo e por causa do seu trabalho junto a Legião o roteirista/desenhista Keith Giffen começa a despontar como um dos maiores astros da indústria americana de quadrinhos.

09) O início das confusões cronológicas

Em 1985 a mega-saga Crise nas Infinitas Terras reformulou todo o Universo DC, e foi definido que o Super-Homem nunca atuou como Superboy em sua adolescência. Esse novo fato "quebrou" toda a cronologia da Legião, e mil e uma tentativas de correções cronológicas (geralmente horríveis) foram usadas para adequar a o super-grupo do futuro dentro do Universo DC. Uma delas é a Five Years Later, um conjunto de histórias que mostra uma Legião amadurecida e operando na ilegalidade, já que a Terra está sendo tiranicamente governada pelos Domínions, uma belicosa raça alienígena de de geneticistas. Nessa fase foi definido que Mon-El (um herói com poderes similares aos do Super-Homem) foi a inspiração para o surgimento da Legião, e não mais o Superboy.

10) Uma nova Legião

Entre 1994 e 1995 a mega-saga Zero Hora reformulou (de novo!) todo o Universo DC, e o corpo editorial dessa simpática editora de quadrinhos entendeu que era necessário recomeçar do zero a Legião do Super-Heróis. Dito isso, uma nova revista da equipe foi lançada, trazendo um versão rejuvenescida da Legião sem laços com o Superboy, já que foi mantido que Mon-El era a inspiração para a fundação da equipe.

11) Novamente, uma nova Legião

A versão da Legião de Super-Heróis criada em 1994 era simpática, interessante, coisa e tal... Mas nunca foi exatamente um best-seller. Dito isso, a DC Comics achou por bem lançar em uma nova versão da equipe em 2007. Nessa versão o mote para a a origem da equipe era absolutamente "singelo": cansados da tirania dos adultos, no século XXXI adolescentes de todos os cantos do universo se unem para dar vazão a sua rebeldia e para resgatar o espírito heróico que existia nos séculos XX e XXI. Porra, isso não se parece com a Turma do Bairro (chatissimo desenho animado exibido no Cartoon Network)? Um destaque dessa fase era a participação da Supermoça (prima do Super-Homem) como membro ativo da equipe.

12) A Legião aparece na telinha

Após algumas participações especiais em Superman - A Série Animada e Liga da Justiça sem Limites em setembro de 2006 os adolescentes do futuro finalmente ganharam um desenho animado, no qual o Superboy participava ativamente, sendo praticamente o personagem principal da série. Simpática e agradavél, a série durou duas temporadas e teve no total vinte e seis episódios.

13) Novamente, uma nova Legião - de novo!


Aproveitando o lançamento da saga Crise Final a DC Comics entendeu que chegou o momento de lançar novamente uma nova versão da Legião de Super-Heróis, e tal lançamento será feito através da minissérie em cinco partes Final Crisis: Legion of Three Worlds. Nela, o Super-Homem viaja até o século XXXI com o propósito de ajudar a Legião a enfrentar o Superboy Primordial, uma versão maligna do Último Filho de Krypton. As versões da Legião que citamos acima participarão dessa luta, e segundo o escritor Geoff Johns todas as confusões cronológicas que cercam a equipe do futuro serão sanadas, e uma Legião novinha em folha emergirá desse conflito. Esperamos que isso aconteça.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vida Longa a Legiao de Super-Herois - Parte 1

Bem, no ano da graça de 2008 comemoramos cinqüenta anos do surgimento da Legião de Super-Heróis. Desde 1958 até hoje a Legião amealhou uma quantidade enorme de fãs, e razões para isso de certa forma são inexplicáveis... Caraca, que graça existe em um bando de adolescentes super-poderosos do Século XXX que decidiram criar um grupo de super-heróis inspirados no Super-Homem? Como pode ser interessante uma equipe que tinha entre seus integrantes um cara que comia tudo (Digestor) e um genérico de Bruce Lee (Karate Kid)? Poderíamos buscar explicações na ambientação futuristica das aventuras do grupo, já que todo nerd que se preze gosta de uma boa utopia sci-fi... Poderíamos justificar o amor dos fãs no fato de a generosa diversidade de personagens tornar cada aventura dos adolescentes do futuro uma caixinha de surpresas... Poderíamos afirmar que o fato da Legião ter crescido junto com seus leitores durante o transcorrer dos anos foi o suficiente para fidelizá-los... Explicação precisa e definitiva não tem... O que tem é a paixão ardorosa de gibizeiros de todos os cantos do mundo, e em homenagem a eles faremos aqui um breve e ligeiro retrospecto ilustrado da carreira editorial dessa equipe da DC Comics. Será um retrospecto breve e incompleto, é claro... Mas o que vale é a intenção, cacete!

01)A Estréia da Legião de Super-Heróis

A Legião de Super-Heróis fez sua estréia triunfal em abril de 1958 no gibi Adventures Comics #247, em uma aventura onde os heróis futuristas viajam até o século XX com o propósito de entegrar para o Superboy (o Super-Homem adolescente, para quem não sabe) um convite para que o mesmo se torne membro da Legião. Daí em diante o destino dos adolescentes futuristas estaria para sempre vinculado ao Último Filho de Krypton.

02)A Legião começa a se destacar

Inicialmente concebidos como coadjuvantes para as aventuras do Superboy, a Legião começa a conquistar os fãs, e em 1962 eles passam praticamente a monopolizar o gibi Adventures Comics, situação essa que perduraria até o início dos anos setenta.

03)Esses adolescentes...

O que você faz quando um amigo seu morre? Ora, juntamente com outras pessoas você realiza um ritual místico-suicida para ressucitá-lo, pô! Foi o que a Legião fez nessa história publicada em 1963 em Adventures Comics #312, e que serviu de inspiração para a "Saga do Relâmpago", aventura reunindo a Liga da Justiça e a Sociedade da Justiça e que foi recentemente publicada em nossas paragens nos gibis Liga da Justiça e Universo DC, da Panini.

04)Origem revelada

Em 1968 o gibi Superboy #147 explicou a origem dos adolescentes futuristas: três jovens super-poderosos (Relâmpago, Cósmico e Satúrnia) impediram o assassinato do miliardário R. J. Brande. Impressionado com a molecada, Brande se propõe a financiar um grupo de heróis composto pelos seus salvadores e outros adolescentes que tivessem interesse em participar, e assim se inicia a lenda da Legião de Super-Heróis.

05)Tem início os anos setenta

Em meados de 1973 Superboy passa a dividir o seu gibi com a Legião. Um destaque desse período é o desenhista Dave Cockrum, que depois de trabalhar na Legião alcançaria fama planetária ao reinventar os X-Men... Lobo Cinzento (o herói em destaque nessa capa) se parece ou não com o Wolverine?

06)Os anos setenta continuam...

Outro artista que se destacou nesse período foi Mike Grell, que desenhava a molequada do futuro como se eles fossem jovens típicos dos anos setenta. Reparem nos cabelos e costeletas na capa acima!

07)No início dos anos oitenta...

O gibi Superboy passou a se chamar apenas Legion of the Super Heroes. Esse foi o marco de um dos períodos de maior sucesso da super-equipe do futuro.

Por enquanto a gente vai parar por aqui, mas fiquem conosco que o nosso retrospecto ilustrado da história da Legião dos Super-Heróis ainda não acabou! Até a próxima!