Mulher-Maravilha sadomasoquista!
A Mulher-Maravilha se diverte com suas colegas amazonas
Psicológo... Um dos inventores do polígrafo (o famoso detector de mentiras)... Ensaísta prolifico... Romancista histórico frustrado... Um sem-vergonha que conseguiu a proeza de estar casado com duas mulheres ao mesmo tempo (e debaixo do mesmo teto!)... Tremendo marqueteiro de si mesmo... Feminista convicto e juramentado... E detentor de crônicos problemas financeiros... Pois é, esse é o acadêmico Willian Moulton Marston, e quis o Destino (ou talvez a falta de grana) que no início dos anos quarenta ele descolasse um trabalhinho na National (antigo nome da DC Comics). E, como resultado desse trabalho Marston deu ao Mundo uma das mais famosas heroínas ficcionais de todos os tempos, a gloriosa Mulher-Maravilha! Todavia, quando concebeu a simpática amazona Marston fez muito mais do que apenas bolar uma super-heróina bonitinha, já que no início da sua carreira editorial as aventuras da Filha Favorita da Ilha Paraíso estavam repletas das "crenças pouco ortodoxas" de Marston.
A Princesa Amazona e sua amiga Etta Candy em uma posição um tanto quanto heterodoxa
Como falei acima, Marston era um feminista radical e através da Mulher-Maravilha ele pretendia provar a superioridade feminina diante da arrogância machista. Até aí tudo bem, um pouco (ou bastante) de feminismo não faz mal para ninguém, mas... Quem disse que a coisa parou por aí? Não contente com isso, praticamente desde a estréia da personagem em All Star Comics #08 Marston e o desenhista H. G. Peter rechearam as histórias da Amazona de cenas onde tanto ela quando as suas inimigas ou colegas invariavelmente apareciam amarradas, em situações de alto teor sadomasoquista! Vocês não acreditam? Dêem uma boa olhada nas imagens desenhadas por H. G. Peter que ilustram esse artigo...
Nada como um bom grilhão...
Como gostavam de amarrar a Mulher-Maravilha nos anos quarenta
O mais notável nisso tudo é que na época inacreditavelmente tais cenas não foram capturadas pelo radar dos moralistas de plantão. Talvez vocês acreditem que Marston não elaborou essa cena de maneira consciente, todavia quando o corpo editorial da DC Comics recomendou "mais cuidado" ao escritor, através de uma carta o psicólogo-escritor deu uma resposta cheia de marra para a situação:
"As mulheres são excitantes justamente por essa razão - esse é o segredo da sedução feminina - a mulher gosta de se submeter, de ser amarrada. Trago isso à tona nas seqüências da Ilha Paraíso, em que as garotas imploram por correntes e gostam de usá-las. (...) Ceder ao outro, ser controlado, submeter-se a uma outra pessoa não pode em hipótese nenhuma ser agradável sem que haja um forte elemento erótico."
Dessa vez a amazona esta acompanhada pelo seu amado Steve Trevor
A bandidagem gostava de tirar uma lasca da Mulher-Maravilha
Em 1948 Marston faleceu, e boa parte do apelo "erótico-sado-masô" mais descarado que havia nas histórias da Mulher-Maravilha foi junto com ele. Mas não pensem que ele desapareceu! Durante anos não faltaram capas e ceninhas onde a Princesa Amazona aparecia em situações de submissão, e quem quiser tirar a prova disso pode acessar esse link. Ou então pode comprar a terceira edição da Coleção DC 70 Anos, totalmente dedicada a maior heroína de todos os tempos e que traz um típico exemplar da produção Marston/Peter dos anos setenta, com direito - obviamente - a muita amarração!
Fontes:
Homens do Amanhã
Super Dickery
P.S.:Para finalizar, direto do início dos anos setenta capturamos uma imagem pra lá de "sensual" da Mulher-Maravilha, cortesia de Mike Sekowsky!
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