terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Review 002 - Então é Natal... Com o Homem-Aranha!


Pois é... Estive por um tempo ausente do meu glorioso blog... Vocês sabem como é... Trabalho, trabalho e trabalho! Aliás, um desses trabalhos acabou de "sair do forno", e assim que ele estiver disponível farei questão de avisá-los. Aguardem... Mas, deixando a trabalheira de lado, falemos de Natal!

História em Quadrinhos natalinas sempre surgiram aqui e acolá, independente do gênero a qual pertenciam. Apesar das lembranças da minha Primeira Infância (entre o zero e os seis anos de idade) serem para lá de remotas e esparsas, acredito que as primeiros contos quadrinísticos que eu li e que envolviam o Natal devam ser da Disney. Todavia, porém... Gostaria de compartilhar com vocês as lembranças daquela que certamente foi a primeira HQ natalina de super-heróis.

Era o ano da graça de 1983... Ano em que a Editora Abril conquistou para si os direitos de publicação de todos os heróis da Marvel Comics e quando comecei a minha "carreira" de colecionador de gibis e nerd inveterado. Ora, um dos resultados diretos da aquisição de todos os personagens da Marvel pela Editora Abril foi a expansão da linha de gibis heroísticos, e um dos lançamentos daquele período foi a revista trimestral Grandes Heróis Marvel, também conhecida pelos fãs como GHM. Ora, a proposta de GHM era trazer o final de grandes sagas ou então aventuras relacionadas a um determinado tema, e justamente em conformidade com esse último item em dezembro de 1983 chegou nas bancas de jornal GHM #02, trazendo uma coletânea de histórias natalinas da Marvel.


Sinceramente, não me lembro direito de todas as histórias trazidas em GHM #02. Sei que havia uma onde o Coisa, sua namorada Alicia Masters e "sogrão" Mestre dos Bonecos passam por poucas e boas ao comemorarem juntos o natal na Montanha Wundagore (não me peçam para explicar agora o que é a Montanha Wundagore porque a coisa é longa!); havia outra que mostrava em cenas rápidas a maneira como cada um dos principais heróis da Marvel comemorava a data mais importante da Cristandade; e havia outra do Homem-Aranha, que realmente me marcou de maneira indelével (nossa, falei bonito agora!).


Nessa aventura originalmente publicada março de 1983 na revista Marvel Team-Up #127 e concebida por J. M. de Matteis, Kerry Gammill e Mike Esposito o sobrinho favorito da Tia May vai para a casa da velhinha comemorar o Natal com ela e seus amigos. Tudo bem, tudo legal, tudo as mil maravilhas, mas... Um dos amigos da Tia May estava triste... O Sr. Chekov não pode ficar alegre porque a ausência da sua neta Bette deixa o no seu coração um vazio impossível de preencher. Ora, obviamente Peter Parker ficou sensibilizado com a tristeza do Sr. Chekov, só que a noite reservava algumas surpresas para o herói aracnídeo: de repente, não mais que de repente o seu sentido de aranha tilintou, e ao sair da casa da sua tia para verificar qual possível perigo o ameaçava ele deu de cara com o Vigia, um alienígena que registrava todos os eventos ocorridos em nosso planeta, mas que devido a um juramento era proibido de interferir em qualquer tipo de assunto terrestre.



Bem, o Aranha nunca tinha se encontrado com o Vigia, e como qualquer um de nós ele ficou estupefato ao ficar frente a frente com um gigante careca de aspecto alienígena. E ficou ainda mais estupefato quando deu para ele um globo onde se via a imagem de Bette, a neta do Sr. Chekov! Aí, entendo isso como um "sinal dos céus" ou alguma coisa que o valha o Homem-Aranha decidiu sair em busca da garota, usando o globo dado pelo Vigia como guia.


Após uma longa noite onde eventualmente deparou-se com alguns dos seus poucos amigos policiais e com Capitão América o Aranha finalmente encontrou Bette. Infelizmente a jovem estava envolvida com gente muito barra-pesada, para quem o tal do "espírito natalino" não significava nada. Tentando resgatá-la das mãos da bandidagem o nosso herói defrontou-se com os marginais, e nesse confronto Bette foi baleada, ficando a beira da morte. Quando tudo indicava que a jovem passaria dessa para melhor o Vigia reapareceu, e a jóia que ele havia dado para o aracnídeo explodiu, curando os ferimentos da neta do Sr. Chekov. Aí, ocorreu o desfecho óbvio: o herói levou a menina para o hospital e ao encontro do Sr. Chekov, que teve um Natal um pouco mais feliz graças a presença da sua neta. Mas, de um jeito ou de outro fica uma pergunta no ar: por que o Vigia decidiu ajudar a família Chekov? Afinal de contas, ele não havia jurado nunca interferir em questões terrestres?


Bem, naquela noite em especial o Vigia foi tocado pela necessidade de alguma forma irmanar-se com aqueles que durante milênios ele apenas observou. Foi uma quebra do seu juramento? Sem dúvida! Mas também foi um daqueles raros momentos em que ele realmente entendeu o significado da Vida e da.. Felicidade.


Ok, ok, eu sei... A história é piegas pra caramba! E para falar a verdade ela não faz muito sentido. Ora bolas, com tanta gente passando um "perrengue" pior que o da Bette Chekov, por que o Vigia foi justamente se interessar pela vida dela? Estranho e sem lógica, não acham? Entretanto... contos de Natal não precisam ser regidos pela lógica, e sim por sentimentos como Esperança e Irmandade. No final de contas, esse é tema principal dessa história. E não seria justamente esse o significado do Natal? Acho que sim... E acho que talvez por isso eu nunca tenha esquecido essa história "bobinha". Da mesma forma que acho que cabe a mim desejar para todos os meus amigos e àqueles que acessaram esse blog um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Obrigado a todos vocês! E, por favor, continuem acessando o meu blog!

Fonte:
SpiderFan.org
Guia dos Quadrinhos

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