terça-feira, 14 de setembro de 2010

Opinião 018 - Liga Extraordinaria - Século: 1910 - Guia de Leitura



Pois é, meus queridos, após um longo inverno publiquei mais um artigo de minha autoria no sensacional HQ Maniacs, e dessa vez explorei o Mundo Encantado de Alan Moore, escrevendo um modesto guia de leitura para a sensacional Liga Extraordinária - Século: 1910. Segue um pequeno trecho do artigo logo abaixo:


O novo grupo de Mina Murray

Século: 1910 se inicia – obviamente – em 1910, e se nos dois primeiros volumes da Liga Extraordinária, em pleno final do século XIX, a durona Wilhelmina "Mina" Murray (a heroína do romance Drácula) liderava um grupo composto por Allan Quartermain, Capitão Nemo, Dr. Jekyll / Sr. Hyde e o Homem Invisível (oriundos respectivamente dos romances As Minas do Rei Salomão, Vinte Mil Léguas Submarinas, O Médico e o Monstro e O Homem Invisível), dessa vez ela comanda um nova equipe, constituída por Allan Quatermain Jr. (o suposto “filho” do Quatermain original), Thomas Carnacki, Arthur James “A. J.” Raffles e Orlando. Sobre Quatermain Jr. não iremos falar nada (lembrem-se, não queremos soltar nenhum spoiler), entretanto, cabe a nós apresentar os últimos três integrantes da nova Liga para a nossa audiência.


Thomas Carnacki


Thomas Carnacki era um simpático detetive que atendia pela alcunha de The Ghost-Finder (O Caçador de Fantasmas, em uma tradução livre), e foi criado pelo escritor britânico William Hope Hodgson (1877-1918). Sua estreia ocorreu em 1910, no conto The Gateway of the Monster (O Portal do Monstro), publicado na revista The Idler, e todas as suas aventuras seguiam sempre a mesma estrutura: Carnacki convidava seus amigos para jantar em sua residência, e após o término do banquete ele relatava para os convivas o seu último caso, que era detalhadamente registrado pelo seu amigo Hodgson, um óbvio alterego literário do autor. Mas, como eram as aventuras do detetive? Basicamente ele trabalhava apenas em investigações que envolviam almas penadas e monstros vindos do Além! Para derrotar tais entidades, Carnacki utilizava uma série de traquitanas tecnológicas – como o “pentagrama elétrico” – e quando tais bugigangas não davam conta do recado, o detetive não se fazia de rogado e, se valendo de seus próprios dons extrassensoriais, ele mesmo invocava poderosas mandingas que devolviam as assombrações para o Além. A grosso modo, Carnacki poderia ser definido como uma balanceada mistura de John Constantine (o mago fanfarrão da DC Comics / Vertigo) com os Caça-Fantasmas (quem não se lembra desse clássico dos anos oitenta?), agregando também óbvias pitadas de Sherlock Holmes. Aliás, as aventuras de Thomas Carnacki são reconhecidas por especialistas em Literatura como pioneiras na mescla de elementos policiais com sobrenaturais, porém tal pioneirismo não garantiu grande sobrevida ao herói.


E ai, gostaram? Se gostaram leiam o artigo na integra através desse link , e qualquer coisa deixem seu comentário aqui. Valeu!

3 comentários:

FTF disse...

Parabéns pela matéria. Foi bastante esclarecedora, principalmente no que diz respeito a Ópera do Três Vinténs.
Abraço.

Claudio Basilio disse...

Valeu FTF! Obrigado pelos elogios e, por favor, continue acessando o HQManiacs e esse modesto blog!

Anônimo disse...

Seguinte, Acabei de ler "O Mágico" do Maugham, e na subsequente pesquisa sobre o artigo de Crowley na Vanity Fair acabei caindo no artigo sobre a Liga Extraordinária publicado na HQ Maniacs e aqui.

Deixo esse comentário pra esclarecer q sim, O Mágico tem versão em português, cuja edição de 1962 da Coleção Catavento da editora Globo se encontra agora em minhas mãos, e tbm para parabenizar pelo blog, q passo a seguir daqui pra frente.

Falô valeu!